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O diretor teatral nos contextos culturais regionais
Trabalho publicado em O Teatro Transcende, Blumenau 2001
Dr. André Carreira (1)
Resumo: Este artigo apresenta uma reflexão sobre
o papel do diretor teatral como eixo dos projetos sócio espetaculares,
a partir da delimitação do conceito de contexto cultural
regional.
As reflexões que apresento neste trabalho fazem parte do projeto
de pesquisa Teatro no contexto da cultura regional enquanto prática
de construção de identidade: O sistema teatral catarinense
que conta com apoio do programa Produtividade Pesquisa do CNPq. O presente
texto representa minha contribuição ao Encontro de Encenadores
realizado durante o 29º Festival de Inverno da Universidade Federal
de Minas Gerais.
Neste encontro os diferentes expositores discutiram o papel do teatro
na atualidade e suas repercussões na produção cultural
nacional. Em geral estas abordagens dão conta do fenômeno
teatral de uma forma ampla, o que quase sempre significa, de fato, se
restringir àquelas experiências concentradas nos grandes
centros urbanos do pais. No entanto, grande parte do teatro que se faz
no Brasil está espalhado por uma infinidade de cidades médias
e pequenas que conformam um dinâmico universo artístico que
merece uma atenção particular. Este texto pretende ser uma
contribuição ao estudos que têm como preocupação
discutir estes fenômenos teatrais.
Antes de delimitar a função do diretor no contexto cultural
regional cabe apontar algumas idéias relativas ao diretor, pois
as especificidades da tarefa da direção ainda são
objeto de muita discussão no campo do teatro(2) .
O estudioso francês Patrice Pavis diz que "é difícil
estatuir de uma maneira definitiva a conveniência e importância
do diretor na criação teatral, porque, em última
instância, os argumentos se reduzem sempre a uma questão
de gosto e de ideologia e não a um debate estético objetivo"
(1980). No entanto, o papel do diretor aparece claramente como um elemento
decisivo na estruturação do projeto espetacular e, consequentemente,
na articulação grupal que é imprescindível
para a materialização cênica.
Esta figura que teve seu embrião no didascálico (de didaskalos,
instrutor) no teatro grego, passou pelo cabeça de companhia de
atores na Idade Média, somente encontrou sua forma contemporânea
no momento da emergência do naturalismo no final do século
XIX (Pavis).
O historiador mexicano Edgar Ceballos define o lugar do diretor como o
do "espectador de profissião que deve dominar o conhecimento
de toda uma linguagem cênica, assim como as significações
que este ofício artístico contém em si, e que variam,
se transformam segundo os distintos gêneros, teatros, modalidades,
correntes, modas, etc." (Ceballos, 1992).
O sociólogo francês Jean Duvignaud vê no fenômeno
do diretor o ato prometêico que rouba do autor seu privilégio
exclusivo, e desta forma põe em relevo o conjunto de possibilidades
teatrais modernas, opondo o terreno da expressão espetacular ao
da leitura (Duviganud, 1980).
A multiplicidade de idéias que circulam ao redor do conceito de
diretor teatral, talvez expresse a diversidade de tarefas e funções
que se combinam no interior deste ofício e na sua prática
nos processos de construção do espetáculo teatral.
Para abordar a questão da função social do diretor
teatral é necessário não esquecer que as especificidades
desta atividade criativa estão determinadas pelo contexto cultural
no qual a tarefa de diretor se dá. Não podemos considerar
no mesmo plano a função social desempenhada por um diretor
teatral situado em uma cidade como o Rio de Janeiro ou São Paulo,
com um diretor que trabalha em cidades das dimensões de Florianópolis,
Londrina, Brasília ou Manaus.
As condições de produção, realização
e apresentação são tão diferentes nestes dois
tipos de contextos que é interessante dedicar atenção
ao que chamarei contexto cultural regional. Nos contextos culturais regionais
os coletivos teatrais têm uma função decisiva na conformação
do marco de reflexão cultural destas cidades que estão deslocadas
dos principais polos econômicos do pais.
No estágio atual do desenvolvimento dos meios de comunicação
as práticas teatrais aparecem como um referente cultural defasado
dos circuitos hegemônicos da produção cultural. No
entanto, o que se observa é que a arte teatral não sucumbe
às enormes dificuldades e sobrevive, continuando a exercer atração
sobre jovens que buscam esta manifestação artística
como canal de expressão.
Ainda que exista uma grande lacuna no que se refere ao conhecimento das
práticas teatrais e suas repercussões no contexto socio-cultural
periférico podemos observar como o papel do diretor funciona como
elemento catalizador. É possível identificar que diferentes
tipos de práticas teatrais se realizam sempre como busca de vínculos
com o contexto da cultural regional. Isso ocorre sob a forma de uma complexidade
dos processos criativos/produtivos teatrais.
Nestes contextos os processos cíclicos do aparecimento de novos
grupos de teatro e as permanentes tentativas por consolidar novos projetos
teatrais indica a existência de diretores que aparecem como referentes
de um fenômeno que está relacionado com a constituição
da identidade.
A preocupação por estudar os procedimentos de produção
teatral dos grupos de cidades do interior e o lugar do diretor, nasceu
da compreensão de que o fenômeno teatral nestes lugares significa
uma prática cultural de resistência. Isso reveste uma grande
importância na análise do impacto dos conceitos de globalização
e das promessas de ascensão ao paraíso primeiro mundista,
que parecem pairar sobre todas as práticas culturais do continente
nos últimos anos.
Se bem é certo que o conceito de identidade definido pela "ocupação
de um território e formação de coleções
- de objetos, de monumentos, de rituais - mediante as quais se afirmava
e celebrava os signos distintivos do grupo" (Canclini, 1995:19),
já não explica com a suficiente contundência o processo
formador de identidades grupais e/ou regionais, é possível
visualizar nos contextos culturais nacionais em transformação
a persistência de zonas culturais regionais. Zonas culturais estas
que definem seus processos culturais como parte do movimento planetário
de interculturalidade.
Contexto cultural regional é mais que um simples campo de delimitação
da produção folclórica residual de uma determinada
região. Entendo por contexto cultural regional a intrincada rede
de relações e vínculos sócio-culturais, que
definem as práticas culturais identificadas por seus próprios
realizadores como um corpus delimitado. Neste contexto incluo, desde os
referenciais dialetais, a produção simbólica, até
as práticas alimentares, sem esquecer as redes de relações
sócio-políticas. Este contexto é definido, mais que
pelos componentes sócio-espaciais, pelos aspectos sócio-econômicos
da identidade (Canclini, 1995). Utilizo a idéia de regionalidade
para referir-me a regiões deslocadas do eixo metropolitano do país.
No caso do Brasil faço referência a contextos culturais excluídos
da mega metrópole em formação que compõe as
cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
A presença incisiva das redes nacionais de comunicação,
cuja produção é gerada a partir do eixo Rio-São
Paulo, opera condicionando a cultura regional e produzindo uma ausência
de meios de expressão que definam padrões estéticos
locais que possibilite a criação de um marco identitário
regional. Neste contexto os grupos teatrais são a principal opção
enquanto expressão de espetáculo ficcional local. Mas, evidentemente,
estes grupos não podem concorrer com o impacto cultural das telenovelas,
o principal gênero da ficção televisiva, no entanto,
dentro de limites possíveis, estes grupos interferem na construção
de um imaginário que se articula como regional. Sob estas circunstâncias
é interessante rastrear o papel que os grupos teatrais jogam na
conformação das culturas regionais especialmente na constituição
de espaços simbólicos a partir de suas práticas vivenciais
e espetaculares. Pode-se dizer que diante da desagregação
dos elementos culturais regionais tradicionais os coletivos teatrais se
oferecem, circunstancialmente, como instrumentos de discussão e
até de reconstrução (resgate) dos marcos culturais
supostamente deteriorados.
Se é verdade que esta reconstrução do marco cultural
tem uma repercussão minimizada no tecido social, a constituição
de espaços simbólicos costumam adquirir uma importância
amplificada pela própria dinâmica dos membros do grupo no
seu meio social e pelas formas de organização horizontais
que estes grupos adquirem habitualmente. Devido às dimensões
populacionais destes núcleos urbanos a atividade destes grupos
encontra eco na vida cultural das cidades, pois, consegue repercutir tanto
ao nivel da mídia como de consideráveis faixas da população,
enquanto em uma cidade de grandes dimensões os grupos teatrais
independentes necessitam conquistar um status de respeitabilidade outorgado
pelos meios de comunicação para poder então alcançar
repercussão no ambiente cultural da cidade.
Neste caso o próprio processo de relações com os
meios já determina que o grupo se desloque de sua característica
independente e se veja incorporado aos mecanismos mediáticos do
sistema de divulgação-produção espetacular.
Se a vida cultural das grandes cidades exerce uma pressão que exige
a busca de excelência, também exerce uma prática autoritária
que estreita os espaços para os grupos novos, e atua de forma conservadora.
No cosmos dos núcleos urbanos menores as estruturas de trabalho
coletivo dos grupos de teatro propiciam interferências na vida destes
núcleos provocando uma permanente discussão de modelos culturais.
Os grupos funcionam como elemento dinamizador e provocador, pois, para
manterem suas práticas artísticas se vêm obrigados
a uma permanente ação reivindicatória junto às
instituições de caráter público e privado.
Estas ações reivindicatórias adquirem, via de regra,
características de confronto em defesa de espaços para a
produção artístico-cultural da região. Poderíamos
dizer que esta classe de confronto não é específica
dos contextos teatrais regionais, mas, se consideramos que nestes contextos
não existem perspectivas imediatas por menores que sejam
- de ingresso a um mercado de trabalho rentável, tal como empregos
na televisão, em produções publicitárias ou
montagens teatrais assalariadas, podemos afirmar que estes grupos se articulam
como estruturas que se definem principalmente pelo seu papel de agentes
culturais. Isso não quer dizer que estes grupos tenham se organizado
para cumprir este papel, muito pelo contrário, isso ocorre como
conseqüência das atividades que estes grupos desenvolvem com
o fim de construir seu próprio espaço no universo artístico.
Se o diretor teatral concentra a tarefa geradora de projetos, ocupando
o lugar impulsionador do trabalho coletivo nas condições
de adversidade dos contextos culturais regionais essa função
aparece como a principal função social do diretor que antes
de cumprir um papel puramente artístico desempenha um papel de
referente cultural que extrapola o proprio conceito de grupo ou companhia
teatral. É interessante reconhecer que desde o ponto de vista dos
modelos teatrais hegemônicos os diretores dos contextos regionais
são muitas vezes considerados importantes pela tarefa desenvolvida
como referente de sustentação do trabalho teatral, do que
pelo desenvolvimento de projetos estéticos transcendentes. Quando
este último ocorre o diretor costuma ser atraído para o
grande centro sofrendo uma total transformação na sua função
social.
Talvez poderíamos dizer que desde uma lógica dominante,
permanecer no contexto regional, denotaria o "fracasso" artístico,
pois o "sucesso" só poderia ser alcançado a partir
da utilização dos meios disponíveis nos grandes centros.
Haveria ainda a alternativa de legitimação por via do contato
com o exterior, isto é, a conexão com importantes festivais
e grupos estrangeiros, operaria como uma chanchela, que de qualquer forma
não se compararia com o sucesso de ingressar no grande circuito
profissional nacional.
O diretor teatral adquire então uma característica que o
coloca no centro das discussões culturais do seu contexto cultural,
pois, nestas condições o teatro é muito mais que
um fenômeno espetacular, é uma prática social de construção
de identidades, que se articula como prática cultural de resistência,
pois, devido a sua situação frente aos modelos hegemônicos,
está impelida a construir um discurso artístico-ideológico
que combina o enfrentamento com os discursos hegemônicos com a tentativa
de construção de um espaço alternativo para suas
manifestações artísticas. Mesmo que este enfrentamento
não se dê num plano consciente, os grupos teatrais não
podem senão disputar espaços com os discursos hegemônicos,
e consequentemente articular seus processos de criação e
produção enquanto práticas de resistência cultural..
É interessante notar que existe nos discursos destes grupos uma
tendência à manifestações de enfrentamento
com o teatro do eixo Rio-São Paulo, principalmente em relação
com aquele teatro de caráter claramente comercial. Mas também
existe uma relativa desconfiança sobre as intenções
dominadoras do teatro do eixo. Estas supeitas se mesclam com a pujança
daquele movimento teatral e a atração pelos modelos estéticos,
e sobretudo pelo modelo de profissionalização que se supõe
impera, no que poderíamos chamar "teatro profissional".
Há nessa relação uma dualidade evidente, pois, atração
e repulsão convivem de forma dinâmica. Ao sentir-se marginais,
os grupos dos contextos regionais, anelam um amadurecimento dos seus próprios
sistemas teatrais nos moldes do modelo central. Estes grupos esperam poder
contar com a estrutura mais propriciam ao trabalho teatral que eles imaginam
existe nas grandes cidades.
Observa-se que estes grupos cosideram que as carências de seus respectivos
movimentos teatrias estão deteminadas, em grande parte, pela falta
de políticas oficiais de fomento cultural. A queixa social aparece
sob a forma de um protesto contra o "descaso das autoridades".
É certo que os grupos também apontam características
locais como componente do problema, mas, são poucos os que abrem
uma discussão profunda sobre a questão dos modelos teatrais.
Quando surgem reflexões sobre a compatibilidade do teatro proposto
e o contexto cultural estas se concentram na reivindicação
de temas, supostamente locais, como elemento fundamental para a elaboração
de um teatro local. Poucas vezes são levantadas discussões
referentes ao modo de produção e apresentação
dos espetáculos, o uso de espaços cênicos, a conexão
social dos teatristas.
Assim, aos mesmo tempo que é possível reconhecer o papel
de dinamizador cultural do diretor nos contextos culturais regionais,
podemos observar que, via-de-regra, estes se mobilizam dentro de um circuito
que cicla reiteradamente o problema de construção de alternativas
teatrais, já que é muito difícil sair da atração
gravitacional dos modelos dominantes, ou da mitificação
destes modelos.
O diretor teatral aparece como a figura que crucial neste processo, pois,
fora de um sistema de produção teatral em que funcionam
as regras do mercado capitalista, no qual os projetos com rentabilidade
econômica ocupam o principal lugar, o diretor, mais que qualquer
outro agente cultural é o responsável pela estruturação
dos espetáculos ficcionais, desde a criação das condições
materiais necessárias até a edificação do
texto espetacular.
Nos contextos culturais regionais, ou periféricos, o diretor tem
sua função teatral multiplicada e expandida. As próprias
práticas inerentes à direção do espetáculo
teatral, tais como interpretação do texto dramático,
construção do projeto cênico, direção
dos atores, adquirem características novas ao se contatarem com
tarefas que estão estreitamente relacionadas ao papel de animador
cultural. Assim, constituir e dirigir um grupo teatral também significará
desempenhar um papel ativo na comunidade cultural do âmbito de influência
deste grupo, já seja como porta-voz de um coletivo criativo, ou
como expressão de uma tendência cultural portadora de um
projeto artístico. O diretor assume, então, uma posição
ativa na construção da vida cultural do seu espaço
socio-cultural indo além dos limites do próprio ambiente
teatral.
Poderíamos dizer que estas características não são
específicas dos diretores de grupos do espaço marginal,
pois, diretores reconhecidos na atividade teatral profissional do país,
também se destacam como expressão cultural, com espaços
nos meios de comunicação de massa e certo impacto na construção
da vida cultural nacional, no entanto, existe uma distinção
na qualidade do impacto das ações realizadas pelos diretores,
que ocupam um lugar de marginalidade, na constituição do
debate cultural. Suas atitudes estão diretamente relacionadas com
a conquista de espaços mínimos para a produção
artístico-cultural em um universo adverso no que refere às
possibilidades econômico-sociais
O fato de que o teatro seja uma prática artística que se
coloca na modernidade como prática social aparentemente anacrônica,
deslocada das dimensões cibernéticas que parecem impor-se
como padrão ideal de um futuro promissor, determina que os obstáculos
sociais sejam ainda muito mais duros para que os teatristas possam conquistar
condições básicas de trabalho. Visões predominantes
no nosso cotidiano afirmam, constantemente, a inevitabilidade do marketing
cultural e exigem dos diretores um papel muito mais relacionado com a
interação com os empresários (possíveis geradores
de recursos), do que com a atividade mais dirigida ao questionamento dos
procedimentos de produção cultural nos contextos regionais.
Evidentemente, este ponto de vista reduz drasticamente a função
social que pode desempenhar o diretor e seu grupo de trabalho. Hoje vemos
que há uma clara tentativa hegemônica de definir o diretor
teatral (ou o grupo teatral) como agente cultural preparado, principalmente,
para atender as demandas dos agentes financiadores, e assim conquistar
os espaços possíveis para o trabalho artístico rentável.
No contexto cultural regional esse discurso procura mostrar que esta é
a única alternativa, e que os grupos devem direcionar suas atividades
neste sentido, pois, aparentemente, não heverá possibilidade
para os projetos cuja principal preocupação seja a elaboração
de projetos artísticos. Acenam com a possibildiade de se alcançar
o modelo profissional desejado. Reafirmam um caminho único que
leva a um objetivo pré fixado. Como se estas características
estivessem reservadas a artistas de outros centros urbanos mais amadurecidos.
É curioso observar que esta perspectiva é a mesma que é
proposta a inúmeros grupos teatrais que trabalham no Rio de Janeiro
ou São Paulo, mas que ocupam um lugar periférico no concerto
de um teatro mediatizado.
Os grupos teatrais dos contextos culturais regionais aprenderam a estruturar
práticas que os mantêm entre a tarefa de construir identidades
e vivenciar cotidianamente o desejo de cruzar a fronteira do trabalho
amador em direção a um idealizado paradigma do teatro profissinal
de qualidade que seria possível apenas nos grandes centros urbanos.
No entanto, vemos que o papel social potencial do diretor teatral nos
contextos regionais não é apenas diferenciado do lugar do
diretor teatral profissional, senão que adquire uma importância
fundamental na articulação do movimento cultural local.
Ainda que isto se manifeste muitas vezes sob a forma de reivindicações
localistas carregadas de críticas contra os grandes centros que
seriam os responsáveis da situação periférica,
não impede a percepção de que desde a periferia é
possível e necessário estruturar sistemas teatrais que sejam
referentes na cultura regional.
Ao buscar uma articulação de práticas regionais a
atividade destes diretores e seus grupos, cumprem uma função
que parece específica do teatro: ser uma arte que, por efêmera
e presencial, se concretiza principalmente como manifestação
cultural local.
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WEISZ, Gabriel. 1998. "Réquiem para un director", in
Urdimento, n.2. Florianópolis, Universidade do Estado de Santa
Catarina.
NOTAS
1- Professor do Departamento de Artes Cênicas do
Centro de Artes da UDESC e do Programa de Mestrado em Educação
e Cultura; Doutor em Teatro pela Universidad de Buenos Aires; Pesquisador
do CNPq.
2- O teórico mexicano Gabriel Weisz em seu texto Réquiem
para un director propõe a morte do diretor teatral por considerar
esta figura desnecessária pois "perpetua uma conduta paternalista
que resulta completamente obsoleta", no entanto este autor está
obrigado a afirmar que "no teatro a presença falocêntrica
se refugia na figura do diretor que aparece como consciência dos
personagens e atores; é a força organizadora por excelência.."
(1998)
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