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sobre o artista


Rogier Van Der Weyden
Caveira e crucifixo, detalhe da obra Tríptico da Família Braque, 1450-52, óleo sobre madeira, 41 x 68 cm. Museu do Louvre, Paris – França: www.louvre.fr/louvrea.htm
 

Caveira e crucifixo

Esta imagem pertence ao Tríptico da Família Braque. O tríptico mostra, em seu painel central, Cristo entre a Virgem Maria e São João Evangelista; em uma das suas portadas está São João Batista e, na outra, Maria Madalena. A imagem que destacamos está na parte externa do tríptico e só pode ser vista quando as laterais estão fechadas. A caveira e o crucifixo, aqui mostrados, aparecem na parte externa do tríptico juntamente com dois escudos das armas, um da família de Jehan Braque, outro de sua esposa Catherine de Brabante. Não se sabe exatamente o motivo que levou à execução desta obra. Em função da representação de um crânio juntamente com a cruz, é provável que tenha sido pelo falecimento de Jehan Braque, em 1452.

O tipo de imagem que temos na parte externa deste tríptico era conhecido na época por momento mori (que nos recorda da morte), no qual uma advertência sobre a morte era feita, de forma alegórica, através da imagem da caveira, o antecedente direto das vanitas. No caso específico desta obra de Weyden, o momento mori fica mais evidente pelas inscrições agregadas, que falam sobre a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte (ver Ciclo da Vida).

Outras caveiras, representadas por outros artistas e tratadas a partir de outras abordagens, aparecem em nosso jogo. Em a Pirâmide de crânios de Cézanne, por exemplo, o aspecto simbólico da imagem fica apenas no plano subliminar, na medida em que o artista buscava revoluções formais na arte, e os temas adotados (maças, laranjas ou um crânio) eram "desculpas" para seguir sua pesquisa. Já em Caveira de Van Gogh, o simbolismo da imagem está mais presente do que em Cézanne. Por mais que este artista voltasse sua atenção para as inovações visuais, a influência que teve do romantismo não o permitiu desconsiderar o aspecto simbólico das imagens que tratava. Ainda, a temática da morte, por mais que não apareça de forma explícita (alegórica) na maioria de suas imagens, ronda a sua Obra de forma constante, e é um dos elementos que constroem sua poética.

A caveira é justamente a parte desta obra citada em A Mansão de Quelícera (ver Apropriação). No Porão, ela desempenha uma função importante: é o objeto que detona o funcionamento do mecanismo que dá acesso ao quartinho do Anão.

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Atualização em 30/01/2006.

Apresentação do Site do Educador

 


A Anunciação.