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Michelangelo Buonarroti
O Juízo Final (pormenor), 1537–41, pintura afresco, 1370 x 1220 cm. Capela Sistina – Vaticano - http://mv.vatican.va/2_IT/pages/CSN/CSN_Main.html


 

O Juízo Final (pormenor)

Este afresco encontra-se na parede ao fundo do altar da Capela Sistina, e é a representação magnânima do inferno dantesco. A obra apresenta monstros e demônios infernais que puxam, arrastam e carregam às costas aqueles que foram condenados no juízo final, o terror pavoroso expresso nos rostos deles fazem referência direta à Divina Comédia, de Dante Aliguieri. Vemos aqui o pormenor Ressurreição da Carne, no qual um dos julgados é agarrado por demônios e pode-se ver em sua face o terror assustador e marcante de sua angustia interior.

Segundo Hauser, Michelangelo foi o primeiro artista a dar sinais do
Maneirismo; não foi o início, mas não se pode negar a influência que ele exerceu sobre os artista da época - muitos estudaram suas obras. Ele deu o impulso definitivo em um período em que a Itália já vivenciava a crise do Renascimento, com o desmoronamento do humanismo e a influência crescente do anti-humanismo provindo da Reforma Protestante e das idéias de Copérnico. O Juízo Final é a reação de Michelangelo à crise social e cultural vivida naquele momento. O tema, além do dogmatismo cristão, fala do drama do homem em um momento de total insegurança, quando as certezas que tinha já ruiram. É expressão do desespero e desânimo de um cristão frente a instabilidade política e religiosa trazida com a Reforma. É um grito agonizante e uma súplica por socorro.

Enquanto no teto da Capela Sistina o artista ainda estive muito influênciado pelos cânones de beleza renascentista, em O Juízo Final sua meta deixou de ser a beleza física. Ele utiliza o corpo humano como meio para expressar uma espiritualidade revista a partir das idéias que recebeu de
Savonarola. A beleza clássica que encontramos em suas primeiras esculturas - de ordem, unidade compacta e harmonia espacial da composição, como vemos em Davi - não tem mais sentido em meio a desordem social, política e econômica vivida na Itália. Até mesmo as regras da perspectiva foram abandonadas em O Juízo Final. O que buscou aqui foi uma expressão singular, e de forte carga subjetiva, diante do que presenciava.

No teto do Hall de A Mansão de Quelícera, encontramos um detalhe desta obra. Outros detalhes desta pintura foram apropriadas (ver apropriação) para um jogo da memória. Mas não se engane! Cada pormenor é apresentado em duas versões diferentes: um antes e outra depois da restauração da obra na década de 1990.

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Atualização em 30/01/2006.

Apresentação do Site do Educador




Teto da Capela Sistina (pormenor: Profeta Joel)