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Hans Baldung Grien
O cavaleiro, a moça e a morte, 1505, óleo sobre madeira, 35 x 29 cm. Museu do Louvre, Paris – França: www.louvre.fr/louvrea.htm
 

O cavaleiro, a moça e a morte

Esta obra remonta um tipo de narrativa característica das novelas de cavalaria da Idade Média, em que o heroísmo do cavaleiro era colocado à prova. Entre as atitudes do cavaleiro que provariam o seu heroísmo estava a de desprezar o perigo, a dor e a morte, buscar fama e honra, proteger os fracos, respeitar as mulheres e ser leal e fiel para com os outros. Na obra de Baldung, o heróico cavaleiro, montado em seu destemido cavalo, consegue salvar uma jovem das garras da morte.

Esta imagem também pode nos remeter à "dança da morte", uma temática medieval oriunda do imaginário popular, que esteve presente em alguns atos performáticos populares até o início da Idade Moderna, nos quais os principais personagens eram "a vítima" e "a morte", e o desfecho residia no momento em que a morte triunfava, ceifando a vida da vítima. A morte convidava os vivos para dançar como uma forma de preparação para enfrentá-la (abordagem presente no gênero de vanitas ou nas obras cujo tema era o ciclo da vida). A morte era muito freqüente e era vista como impiedosa naqueles tempos. A Peste Negra, por exemplo, dizimou no século XIV mais de um terço da população européia. Tal contexto justifica o fato do tema da morte ser tão freqüente nas artes plásticas da época, ela está presente na obra de outros artistas, como em O triunfo da morte, de Bruegel, e Caveira e crucifixo, de Weyden.

Nos trabalhos de Baldung, a morte foi tema constante, como em A jovem e a morte. Em O cavaleiro, a moça e a morte, a morte aparece agarrada à ponta do vestido de uma jovem que, mesmo salva pelo cavaleiro, não consegue se desvencilhar completamente deste personagem macabro. A atitude do cavaleiro não salva a jovem da morte, apenas retarda a chegada desta. Assim como o será também para o cavaleiro, a chegada da morte é inevitável.

Na Mansão, esta obra foi apropriada (ver Apropriação) e manipulada digitalmente (a morte foi substituída pela habitante Quelícera) para atuar como ilustração de um livro que aparece no Hall, narrando a maldição da Mansão.

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Atualização em 30/01/2006.

Apresentação do Site do Educador



As três idades e a morte


Jovem e a Morte


Felipe - o Belicoso


Mulher com livro de música